Um estudo realizado na Grã-Bretanha sugere que os ecossistemas e oceanos da terra têm uma capacidade muito maior de absorver gás carbônico do que se imaginava anteriormente.
O resultado do estudo, publicado no site especializado Geophysical Research Letters, confronta com várias pesquisas recentes, que previam que a capacidade de absorção pelos ecossistemas e oceanos cairia conforme as emissões aumentassem, fazendo disparar o nível de gases causadores do efeito estufa na atmosfera.
Mas segundo o principal autor do estudo, Wolfgang Knorr, seu ponto forte é que ele se baseia apenas em dados de medidas e estatísticas, e não em modelos de clima computadorizados.
Copenhague
Os pesquisadores de Bristol descobriram que o aumento dos gases em suspensão na atmosfera tem sido um valor entre 0,7% e 1,4% a cada década, desde 1850, o que, para os cientistas é muito perto de zero.
Para os cientistas, o trabalho é extremamente importante no debate de políticas para o controle das mudanças climáticas, já que as metas de emissão que devem ser negociadas em Copenhague, em dezembro, se baseiam em projeções que já levam em conta a capacidade de absorção da Terra.
Mas Knorr alerta que não necessariamente o estudo vai afetar as decisões dos líderes mundiais.
"Como todos os estudos deste tipo, há algumas imprecisões nos dados", admitiu. "Portanto, em vez de confiar na natureza para oferecer um serviço gratuito, absorvendo nosso gás carbônico, precisamos nos certificar dos motivos pelos quais a parcela absorvida não mudou."
O estudo também descobriu que as emissões vindas do desmatamento podem ter sido superestimadas em valores entre 18% e 75%.
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