Vem aí mais um reality show. Mas dessa vez não teremos nenhuma expectativa por um participante gay ou especulações do tipo "esse é bee, não é?". Afinal, estamos falando do Cruzeiro Colorido, ideia do produtor italiano Bruno Ventrone, que pretende levar 12 participantes para um navio, entre eles gays, lésbicas, transexuais e simpatizantes.
De inicio, o Cruzeiro Colorido seria transmitido por uma TV aberta. Mas, segundo Bruno, tal ideia não vingou devido ao "grande preconceito" das emissoras. Agora o reality, que dará R$300 mil para o primeiro lugar e R$100 mil para o segundo, será "transmitido 24 horas, pela internet, no site oficial, através da assinatura", explica o produtor.
Ao contrário de outros programas do tipo, neste, o interessando em ter sua vida exposta "24 horas" por dia terá que pagar uma taxa de 35 reais pela inscrição, que também acontece no site oficial do programa.
Confira abaixo a entrevista com o idealizador do projeto, Bruno Ventrone, que dá mais alguns detalhes de como será o Cruzeiro Colorido.
De quem foi a ideia de realizar o Cruzeiro Colorido?
Devido ao crescente número de Paradas Gays no mundo, tive a ideia de dar maior visibilidade para o público LGBT
Como e quando será feita a seleção dos participantes?
Após o recebimento das inscrições, a seleção será feita por uma equipe escolhida pela produção, que consiste principalmente em pessoas com conhecimento no segmento gay.
Quantos participantes serão? Homens e mulheres?
Serão 12 participantes, sexo misto. Serão escolhidos gays, lésbicas, transexuais e simpatizantes. Não há restrição com idade.
Qual será o roteiro do Cruzeiro?
O roteiro do Cruzeiro será o Mediterrâneo, uma vez que o programa irá durar 42 dias.
Quem será o apresentador do reality?
Estamos a concluir as negociações. Não posso divulgar nomes ainda.
Qual o valor do prêmio?
O valor do prêmio está no nosso site oficial. R$300 mil para o primeiro lugar e R$100 mil para o segundo.
Como serão as provas? Haverá eliminação por parte do público?
Os testes serão de agilidade, inteligência, companheirismo, resistência e conhecimento geral. A votação terá diferentes formas. Mas, agora não posso revelar. O público também irá participar.
Por qual canal será transmitido o programa?
Não fechamos com uma emissora aberta, dado o grande preconceito. O programa será transmitido 24 horas, pela internet, no nosso site oficial, através da assinatura.
Até o momento, quantos inscritos vocês já tiveram?
Em uma semana de abertura das inscrições, teremos ultrapassado 1400 inscritos.
Por que o Brasil pra servir de cenário para o reality e não na Itália - que é seu país?
Na Itália, infelizmente, existem restrições por causa do Vaticano. Portanto, seria impossível encontrar uma TV disposta a dar este espaço. No Brasil, você pode comprar um espaço na TV.
Fale um pouco sobre seu currículo. Em que programas e em quais emissoras já trabalhou?
Sempre trabalhei como organizador de eventos, com grandes nomes nacionais e internacionais; em competições esportivas organizadas na Itália; na turnê do Harlem Globe Trotters; trabalhei 3 anos na Walt Disney; e na TV italiana Rai Uno. É a primeira vez que trabalho na produção para a televisão, mas isso não diminui a minha capacidade profissional e organizacional.
Na internet há grupos de pessoas achando que, por ter que pagar a inscrição (R$35), o cruzeiro não é muito confiável. O que vocês têm a dizer sobre isso?
É fácil não ter confiança em uma produção que não tenha por trás uma TV Globo, Record, etc... principalmente quando se paga para participar. As pessoas falam: 'o programa não é confiável'. Mas não pensam e falam que esta produção pode ser séria e profissional. Nós recebemos muitos e-mails de parabéns. Recebi algumas inscrições da Bélgica e Argentina. Colocamos um custo de inscrição por dois motivos: primeiro para fazer uma seleção, porque o público GLS é superior a 18 milhões. E segundo devido ao grande custo do programa, R$2 milhões.
Como italiano, como você vê a decisão do Ministro Tarso Genro de conceder asilo político a Cesare Battisti?
Acho muito errada adecisão do Ministro Tarso, de conceder asilo político a Cesare Battisti, que deve pagar por aquilo tenha cometido na Itália, especialmente no que diz respeito à família.
A Câmara italiana aprovou há duas semanas um projeto de lei anti-imigração, que possibilita médicos denunciarem estrangeiros irregulares no país. Sabendo que há travestis brasileiras em situação irregular e fazendo programas, como o senhor vê a aprovação do projeto?
Não tenho conhecimento da lei aprovada pela Câmara.
A Itália é um país tolerante aos gays?
Como todos os países, a Itália não é tolerante com os homossexuais. Mas os homossexuais existem e temos de nos habituar a viver com eles. O preconceito tem que acabar, os Estados Unidos são prova disso, com o novo presidente negro [Barack Obama].
Fonte: Acapa / http://webradiogospel.com
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