As divisões voltam a marcar a União Europeia, desta feita na escolha dos responsáveis daqueles que serão os dois cargos mais importantes previstos no novo Tratado de Lisboa: o presidente do Conselho Europeu e o chefe da diplomacia. A Suécia, que detém a Presidência rotativa da União, terminou ontem as consultas aos 27 membros e a unanimidade está longe de ser alcançada.
Nos bastidores, fala-se em vários nomes para os dois cargos e há alguns favoritos. Para presidente circulam os nomes de Tony Blair, ex-primeiro-ministro britânico, de Jean-Claude Junc-ker e de Herman van Rompuy, actuais líderes do Luxemburgo e da Bélgica, sendo que o último é o que parece reunir mais consenso. A Alemanha e a França manifestaram inicialmente algumas reservas em relação a Blair – que enquanto foi chefe do governo não conseguiu que o seu país adoptasse o euro –, mas agora o chefe da diplomacia de Paris, Bernard Kouchner, assegura que não tem favoritos.
Para o responsável da política externa europeia, que ao abrigo do Tratado de Lisboa terá poderes mais alargados, o nome de David Miliband, chefe da diplomacia britânica, era o mais consensual. Mas este distanciou-se, e ontem Gordon Brown aumentou as pressões, deixando claro que Blair é o único candidato do seu país na corrida aos lugares europeus. O italiano Massino d’Alema, o sueco Carl Bildt, o finlandês Olli Rehn, o francês Michel Barnier, a austríaca Ursula Plassnik e a grega Anna Diamantopoulou são agora os nomes avançados para substituir Javier Solana. A decisão formal será tomada numa cimeira a realizar ainda este mês, depois de encontrado um consenso, o que talvez venha a acontecer na próxima semana.
OS CANDIDATOS A PRESIDENTE DO CONSELHO EUROPEU
Herman Van Rompuy
O primeiro--ministro belga, de 62 anos, emergiu como candidato favorito nesta corrida.
Tony Blair
O ex-primeiro--ministro britânico, de 55 anos, já foi favorito, mas não tem o apoio da Alemanha e da França.
Jan Peter Balkenende
O primeiro--ministro holandês, de 53 anos, é um potencial candidatode compromisso.
Jean-Claude Juncker
O chefe do governo do Luxemburgo, de 54 anos, foi um dos arquitectos do Tratado de Maastricht.
Paavo Tapio Lipponen
O ex-líder finlandês, de 68 anos, oferece um compromissoentre os grandes e os pequenos.
Wolfgang Schuessel
O ex--chanceler austríaco, de 64 anos, tem boas hipóteses pelas boas relações com Angela Merkel.
Vaira Vike-Freiberga
A ex--presidente da Letónia, de 71 anos, tem alguns apoios. É a ‘Dama de Ferro do Leste’
Fonte: CorreioManhã / http://webradiogospel.com/
0 comentários: on "Futura liderança divide a Europa"
Postar um comentário