
- Foi um dos convidados do primeiro casamento homossexual em Portugal. Fez questão de marcar presença?
- Claro que sim. Tratou-se de uma festa carregada de simbolismo. Foi a união de duas pessoas que gostam muito uma da outra e têm todo o direito em ficar juntas.
- Considera que a partir daqui se podem mudar consciências?
- Claro que sim. É uma hipocrisia do Estado e da Igreja quererem decidir sobre o futuro em conjunto de duas pessoas. Lá por serem do mesmo sexo não têm de se esconder.
- Este casamento foi muito diferente dos outros?
- Foi lindíssimo. Ao longo da festa leram-se vários textos e a ideia dos noivos de não quererem esperar pelo Estado para decidir a sua união, foi deliciosa. Foi uma estalada política.
- Mas a grande maioria dos convidados da festa recusou falar e ser fotografado pela imprensa.
- Quanto a isso não posso comentar. Eu dei a cara.
- Considera que ainda há muita vergonha em se ser associado à homossexualidade?
- Sim, claro. Ainda faz muita confusão às pessoas. Houve muitos amigos que não quiseram ir à festa e mandaram as mulheres.
- Tem muitos amigos gays?
- Tenho muitos mesmo. O mundo artístico está cheio de gays.
- E têm uma boa relação?
- Sim, muito boa. O padrinho do meu filho é homossexual assumidíssimo.
- Tem a mente aberta?
- Completamente. Respeito a opção sexual de toda a gente. Mas há uma diferença entre bichas e homossexuais. Os bichas chocam e têm uma atitude de provocação.
Fonte: Correio.pt / http://webradiogospel.com
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