Fingia ser médico

Na internet, o capitão do Exército na reserva, de 61 anos, fazia-se passar por médico e foi exactamente assim que se apresentou a Ana (nome fictício), a mulher que a troco de elevadas quantias de dinheiro consentiu que o pedófilo abusasse das filhas de 13 e de 16 anos. A Polícia Judiciária estima que muitas outras crianças tenham sido violadas. Em Espinho, na casa do oficial do Exército, foram encontradas várias cassetes e ficheiros guardados no computador onde se viam menores a serem vítimas de abuso sexual.
Os abusos tiveram início em 2006, altura em que o pedófilo conheceu Ana e lhe disse ser médico. Depois de longas conversas a mulher acedeu ‘vender-lhe’ as filhas a troco de dinheiro e nesse mesmo dia levou as meninas àquilo que disse ser uma consulta. Já a sós com as menores, o capitão começou a tocar-lhes com o pretexto de se tratar apenas de um exame de rotina. Foi aí que pela primeira vez violou as meninas.

Os abusos continuaram até 2008, altura em que as crianças foram institucionalizadas. Recentemente as menores contaram a familiares o que aconteceu e o caso foi denunciado às autoridades.

Em casa de Ana, a PJ encontrou diversos extractos bancários que comprovam as elevadas quantias de dinheiro que durante mais de dois anos recebeu. Foram estes mesmos documentos que permitiram às autoridades chegar à identidade do capitão.

PORMENORES

EM LIBERDADE

Após anteontem ter sido ouvido em tribunal por um juiz de instrução criminal, ao qual negou tudo, o capitão do Exército na reserva saiu em liberdade.

CONFISSÃO

Apesar das vítimas terem omitido o envolvimento da mãe na história, perante a Judiciária a mulher confessou que devido às dificuldades financeiras "vendeu as filhas".

ENGANOU-O

Ao falar com o pedófilo na internet a mãe das crianças fingiu ser mais nova. Pessoalmente, disse-lhe que estava disposta a vender as filhas.

Fonte: Correio.pt / http://webradiogospel.com