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sábado, 26 de junho de 2010

Haitianos reconstroem igrejas e encaram futuro com esperança

Os lugares de culto no Haiti não ficaram imunes à devastação causada pelo terremoto do dia 12 de janeiro. Na capital, Porto Príncipe, templos danificados e caídos estão sendo reconstruídos. A Catedral da Santíssima Trindade, um dos monumentos da cidade, conhecida por seus murais pintados por artistas haitianos, figura entre as igrejas destruídas pelo terremoto. Ela deverá ser reeguida.

"O Haiti voltará a ser o que era", disse o sacerdote Ogé Beauvoir ao secretário geral do Conselho Mundial de Igrejas (CMI), Olav Fykse Tveit, durante visita de delegação ecumênica ao país, dias 14 a 16 de junho.

"A fraternidade é a resposta aos desafios com que nos enfrentamos hoje", disse Tveit. Ele assegurou a Ogé apoio do movimento ecumênico na reconstrução da nova Haiti.

A finalidade da visita ecumênica foi expressar solidariedade e oferecer apoio pastoral às igrejas que participam na reconstrução do país e prestam serviço ao povo haitiano.

Desde o terremoto, Haiti recebeu o ajuda e acompanhamento de igrejas de todo o mundo. Uma das preocupações do secretário geral da Conferência de Igrejas do Caribe, Gerard Granado, é a falta de cooperação entre os organismos de ajuda.

"Há um montão de pessoas que fazem um montão de coisas, mas nunca se reuniram para compartilhar recursos em benefício do povo do Haiti. O terremoto serviu para abrir os olhos neste sentido", afirmou.

Ao visitar a Escola Ortodoxa Russa, também destruída, Granado assegurou ao sacerdote Jean-Chénier Dumais, da Missão Ortodoxa Haitiana, que os trabalhos não vão terminar agora.

"A função das igrejas é suscitar a tomada de consciência sobre a situação e orar pelos haitianos", disse o pastor Carlos Ham, encarregado do programa do CMI para a região América Latina e Caribe.

A visita a prédios comunitários e templos de diferentes denominações destruídos pelo terremoto foi uma forma concreta em que a equipe ecumênica expressou sua solidariedade com os haitianos.

Num debate com representantes de várias denominações haitianas, a delegação ecumênica expressou que a igreja deve responder em todos os níveis da reconstrução e permanecer de forma duradoura na comunidade.

"Sem as igrejas os progressos não serão duradouros", assinalou o secretário geral do Conselho Latino-Americano de Igrejas (Clai), pastor Nilton Giese.

Para os trabalhos concretos de ajuda, a tarefa foi encaminhada arefa à Aliança ACT (Ação Conjunta das Igrejas), que agrupa igrejas e organizações que trabalham na assistência humanitária, para o desenvolvimento e a incidência pública.

"A Aliança ACT ganhou força no Haiti desde o começo de 2000", disse Prospery Raymond, representante no país de Christian Aid, um dos membros da Aliança. "Depois do terremoto, fomos capazes de começar a trabalhar juntos e de apoiar-nos uns a outros graças à boa cooperação e colaboração existentes no passado."

A função das igrejas, disseram os visitantes, é elevar a voz em nome de quem precisam ajuda e apoio, e trabalhar unidas em benefício das pessoas, especialmente as precisadas.

"Há duas tarefas para as igrejas", disse Tveit. "A primeira é determinar o que é necessário mudar e, a segunda, interpretar a visão sobre como realizar essa mudança. O que as igrejas e a Aliança ACT podem fazer juntas é contribuir para que as vozes de pessoas em diferentes níveis sejam escutadas", agregou.

No solar da destruída Igreja de Deus pedreiros trabalham na reconstrução do prédio. O edifício de quatro andares caiu antes do início de culto. Os membros do coro escaparam da tragédia enfiando-se por dentre um buraco na parede. Duas fiéis faleceram.

"A demolição começou justo depois do terremoto, porque queremos que a gente volte aqui", disse Saül Raphaël, membro da Igreja de Deus, à delegação ecumênica. Dentro de dois dias, adiantou o fiel, a congregação terá o seu primeiro serviço no espaço sem teto. A delegação ficou muito impressionada ao ouvir isto.

"É alentador ver a esperança para o futuro. É esta esperança o que podemos compartilhar unidos?, disse Tvei ao término da visita.

Integraram a delegação, além de Tveit, Giese, Ham e Granado, a presidente do CMI para a América do Norte, pastora Bernice Powell Jackson, o diretor executivo de Serviços Sociais das Igrejas Dominicanas de Aliança ACT, a vice-presidente da Federação Protestante Francesa, Victoria Kamondji.

Fonte: ALC / http://webradiogospel.com.br
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